Primeiro de muitos. De muitos textos. Porque, de brasileiros aqui, sou mais um dos incontáveis. Principalmente se considerar os que vieram aqui e já voltaram. E conheço um bocado dos que ainda estão cá.
Cheguei aqui em Estocolmo não há muito. Montei uma barraquinha na Universidade de Estocolmo, onde vendo kibes, a "Kibeleza". José Gomes, é um prazer. Zé pra os brasileiros que vêm comprar aqui, no melhor e menos autêntico kibe da região. Kibe com tempero nordestino. E volte sempre!
Com as vendas, dá para manter um sustento e fazer amizades. A Universidade é um bom local para vender, mas, sinceramente, poderia me instalar em outros locais da cidade. Minha intenção é que os professores, de tanto passarem aqui - espero que comecem também a comprar -, se apiedem de mim e me convidem a estudar na universidade. Preciso voltar para casa com alguma coisa além de um punhado de coroas suecas - principalmente porque não dá pra comprar muitos reais com elas.
Minha intenção, nesse primeiro relato, é contar uma pequena história de um dos primeiros dias em que me instalei aqui. Vi um pessoal se aprontando para jogar bola, e, a muito custo, consegui me comunicar com eles. Disse que era brasileiro - foi meu passaporte para jogar. Naquele modelo de boa e velha pelada, os dois capitães foram tirar o time. Par ou ímpar, e o que ganhou fez um ar de vitória, apontou-me o dedo e bradou:
- Eu escolho o brasileiro!
Meu peito acelerou.
- Mas... Eu não sei jogar!
- E ainda é modesto!
Como bom brasileiro, não desisti e encarei o desafio. Até porque o argentino entrou também no nosso time, e eu precisava demonstrar serviço. Só que, como bom perna de pau, acertava mais canelas que a bola.
De toda foma, não importa o quanto você seja bom; você é brasileiro, eles esperam que você corra o campo o tempo inteiro, drible toda a zaga e faça quinze bicicletas. Só não pode ser triatleta: corre, corre, faz bicicleta, e, no final, nada.
No fim, nosso time perdeu. Mas, como bom brasileiro que já disse que sou, prefiro pensar que fiz o argentino perder.
Cheguei aqui em Estocolmo não há muito. Montei uma barraquinha na Universidade de Estocolmo, onde vendo kibes, a "Kibeleza". José Gomes, é um prazer. Zé pra os brasileiros que vêm comprar aqui, no melhor e menos autêntico kibe da região. Kibe com tempero nordestino. E volte sempre!
Com as vendas, dá para manter um sustento e fazer amizades. A Universidade é um bom local para vender, mas, sinceramente, poderia me instalar em outros locais da cidade. Minha intenção é que os professores, de tanto passarem aqui - espero que comecem também a comprar -, se apiedem de mim e me convidem a estudar na universidade. Preciso voltar para casa com alguma coisa além de um punhado de coroas suecas - principalmente porque não dá pra comprar muitos reais com elas.
Minha intenção, nesse primeiro relato, é contar uma pequena história de um dos primeiros dias em que me instalei aqui. Vi um pessoal se aprontando para jogar bola, e, a muito custo, consegui me comunicar com eles. Disse que era brasileiro - foi meu passaporte para jogar. Naquele modelo de boa e velha pelada, os dois capitães foram tirar o time. Par ou ímpar, e o que ganhou fez um ar de vitória, apontou-me o dedo e bradou:
- Eu escolho o brasileiro!
Meu peito acelerou.
- Mas... Eu não sei jogar!
- E ainda é modesto!
Como bom brasileiro, não desisti e encarei o desafio. Até porque o argentino entrou também no nosso time, e eu precisava demonstrar serviço. Só que, como bom perna de pau, acertava mais canelas que a bola.
De toda foma, não importa o quanto você seja bom; você é brasileiro, eles esperam que você corra o campo o tempo inteiro, drible toda a zaga e faça quinze bicicletas. Só não pode ser triatleta: corre, corre, faz bicicleta, e, no final, nada.
No fim, nosso time perdeu. Mas, como bom brasileiro que já disse que sou, prefiro pensar que fiz o argentino perder.
Muito bom! *-*
ResponderExcluirhaha, bom começo! acompanharei suas histórias, zé. o/
ResponderExcluirDOWAHDAOIWUDHAOIUWHAODIW
ResponderExcluiradoro estereótipo de brasileiro
HAHAHAHA Muito bom, Phil. Acompanharei também :D
ResponderExcluir\o/ estarei aqui sempre ;)
ResponderExcluirComo sempre,um ótimo sátiro...hahha
ResponderExcluirgostei!!!Passarei por aqui com certeza para acompanhar as histórias do Zé.
Vou acompanhar com atenção suas peripécias. Há algum tempo também me aboletei em Estocolmo. Não tive tanta sorte quanto você, ou , talvez, seu espírito empreendedor. A única ocupação remunerada que arranjei, foi a de penteador dos rabos dos cavalos da Guarda Real Sueca. O sargento encarregado me pagava 10 coroas por rabo penteado. Mas, como brasileiro, sou persistente e faço meu trabalho direito. Fui promovido, e agora, melhor remunerado (11 coroas por tolete), recolho a bosta dos cavalos na praça em frente ao palácio real. É isso aí irmão, não desista nunca. Antônio Cabral, de Campina Grande para o mundo.
ResponderExcluirMinha nossa, um sueco (possivelmente barbudo e troncudo) apontando pro seu Zé dizendo que o escolhe, o peito deve ter acelerado é de medo, auuauhahuahua. Muito bom.
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